Descuido com aparência é inimigo do emprego

A escolha adequada de vestimentas pode ser decisiva durante um processo de seleção

Rogério Jovaneli, INFO Online
25/06/2010 | 06:15

Getty Images - Descuido com aparência passa a impressão de que o candidato não tem cuidados especiais com a sua vida pessoal ou profissional

São Paulo – O desleixo com a aparência pode pôr fim a qualquer possibilidade de conquista de emprego. Se a primeira impressão é a que fica – e é, mesmo -, trate de causar uma muito boa.

Mas, quando se fala em aparência, é preciso entendê-la não como beleza física, algo muito subjetivo e que não pode e jamais deverá contar na hora da contratação de um profissional.

A aparência que realmente importa e, cada vez mais, tem pesado nas seleções é a que diz respeito à escolha adequada da roupa (vale verificar antes da entrevista se é exigida uma mais formal), que deve estar limpa, bem passada e sem rasgos.

Homens devem se apresentar de barba feita, unhas cortadas e sem suor, enquanto as mulheres devem usar o bom senso quanto à maquiagem, comprimento das roupas, tamanho dos decotes e acessórios.

O recomendável, para ambos os casos, é usar algo mais clássico. Seja discreto, afinal é a sua aptidão profissional para preencher a vaga que deve brilhar, o que, em hipótese alguma, deve ser entendido como permissão para se descuidar da aparência.

“Chegar em uma entrevista de emprego com barba mal feita, cabelos despenteados, roupas inadequadas ou até mesmo com algum problema dentário que signifique descuido pode prejudicar a avaliação deste profissional, porque passa a impressão de que essa pessoa também não tem cuidados especiais com as demais coisas que fazem parte da vida pessoal ou profissional”, explica Renato Grinberg, diretor geral do portal de empregos Trabalhando.com.br.

Para Grinberg, a aparência é importante na conquista de uma oportunidade de emprego, especialmente no contato direto com o público. “Quando falamos em aparência, não quer dizer que alguém que se julgue feio não tenha chances no mercado, este quesito refere-se aos cuidados que a pessoa tem consigo mesma.”

Fonte: InfoOnline

Sobre orientaprofissional
Sheila C. F. Lot é Psicóloga Clínica Comportamental, com Mestrado em Psicologia, Pós Graduada em RH, Espec. em Personal e Professional Colching - Sociedade Brasileira de Coaching- Atua como coach de Carreira e Life Coach.

2 Responses to Descuido com aparência é inimigo do emprego

  1. josé carlos gomes says:

    olá sheila bom dia, tudo bem com voce?
    começo este relato, completamente indignado, perplexo e descrente em qualquer afirmação no que diz respeito ao assunto em questão.
    veja bem o que aconteceu comigo:
    há mais ou menos 2 anos anos atrás, eu me encontrava na paupérrima situação de desempregado, e de repente, na minha cidade (campinas), surgiu uma vaga de motorista para uma grande concessionária de veículos .
    imediatamente enviei meu curriculum( que não é dos piores) para esta empresa, e para a minha felicidade, fui convocado para uma entrevista.
    no dia da entrevista, fui exatamente como manda o figurino, ou seja, de barba feita, cabelo bem cortadinho, unhas cortadas e limpinhas. roupa social e um sorriso que siginificava “adeus desemprego”.
    nesse mesmo dia, uma outra pessoa também estava lá para a entrevista.
    agora, o que vou relatar-lhe nesse exato momento é estarrecedor e vai de encontro com tudo o que os ditames dos profissionais de rh apregoam para a conquista de uma vaga de emprego.
    bem, esta pessoa que concorria comigo na referida vaga, estava com um penteado da moda (moicano),
    de piercing no supercilho esquerdo, calça rasgada da moda ( parece que foi rasgada por um pit-bull) e um tênis, que prefiro nem comentar o estado.
    adivinha que ficou com a vaga?
    se pensou eu, se enganou redondamente, mas se pensou na outra pessoa acertou na mosca.
    voltei arrasado para mnha casa, me sentindo um lixo.
    passados uns dias resolvi perguntar a uma psicóloga sobre tal acontecimento e obtive a pior resposta que alguém almejaria naquele momento.
    simplesmente a psicóloga disse em palavras garrafais que eu estava sendo preconceituoso e que talvez a competência da outra pessoa sobrepujou à minha.
    sheila, o que voce me diz sobre esse episódio lamentável e inesquecícel ?

    • Caro José Carlos,
      Lendo seu comentário fiquei imaginando sua situação e tenho certeza de que é exatamente o que aconteceu. No entanto quero fazer duas considerações importantes nesse caso:
      Em primeiro lugar vamos falar da vaga e características exigidas, pela empresa, para ocupação do cargo. Sempre, quando uma vaga é aberta em uma empresa, existe uma descrição do que é esperado dos profissionais candidatos. Assim, em posse da descrição do cargo, os psicólogos ou recrutadores/selecionadores, saem em busca de um PERFIL. Essa descrição é meio que uma “fotografia” da cultura, valores e política que a empresa pratica. Quero deixar claro que muitas vêzes um profissional não é escolhido , mesmo tendo currículo e habilidades superiores, exatamente por não preencher os requisitos solicitados pela empresa, que é quem vai contratar. De maneira alguma isso desqualifica os não escolhidos, apenas procura preencher um perfil previamente solicitado.

      Em segundo lugar, precisamos levar em consideração, que nossas dicas e artigos, retratam uma tendência. Procuram demonstrar o que as boas empresas estão praticando. Em nenhum momento, no entanto, você pode deixar de avaliar as características de cada empresa. Uma boa dica para você é: Ao fazer uma entrevista, procure pesquisar sobre a empresa, sua política e cultura, para verificar se você também tem interesse em fazer parte do grupo. Uma excelente contribuição para sua carreira é planejá-la, é saber o que você como profissional quer. Imagino também que caso tivesse sido escolhido para a vaga, o que no momento representaria a felicidade do fim do desemprego, poderia quase que com certeza, ser um frustrante futuro, onde seus valores não seriam respeitados e onde você sim sofreria preconceitos por não se vestir e andar como o restante do grupo aprovaria.
      Para você ainda reforço que o texto a que se referiu é o retrato de uma tendência, claro que respeitando diferenças entre empresas e suas culturas, e também do tipo de comportamento que se espera em diferentes cargos e funções.

      Um abraço e obrigada por sua participação.
      Sinta-se a vontade para encaminhar sempre seus comentários e sugestões.
      Sheila C. F. Lot

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