Trainee ou vaga efetiva: o que considerar antes de fazer esta escolha?

SÃO PAULO – Processo seletivo concorridos e difíceis, além da possibilidade de não ser efetivado, fazem com que muitos jovens formandos tenham dúvidas na hora de decidir se participam de um programa de trainee ou se buscam uma vaga efetiva no mercado de trabalho.

Entretanto, de acordo com a consultora em RH (Recursos Humanos) do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Juliana Saldanha, um programa de trainee pode proporcionar uma formação a mais para o profissional.

“Os processos, muitas vezes, são mais concorridos que os principais vestibulares e têm alto grau de exigência. Porém, caso a pessoa seja aprovada, ela terá uma formação a mais, sem contar que o simples fato de participar de um processo seletivo deste nível já é enriquecedor”.

Visão ampla

Ainda segundo Juliana, geralmente participantes de programas de trainee têm uma visão ampla do mundo corporativo e de suas relações, pelo fato de terem a oportunidade de passar por várias áreas da empresa.

Efetivado na área de relações com investidores do Grupo CCR, o economista Daniel Cabrera, de 27 anos, que participou do programa de trainee da empresa no ano de 2007, tem opinião semelhante.

“É um caminho para buscar um desenvolvimento de carreira com mais possibilidades, com uma amplitude maior, que, às vezes, profissionais com anos de experiência não possuem”, diz Cabrera.

Como funcionam?

No geral, explica a consultora, os programas de trainee têm duração de um a três anos e possibilitam ao jovem desenvolver projetos em diversas áreas da empresa.

No caso do Grupo CCR, por exemplo, cujo programa de trainee está com inscrições abertas até 29 de agosto, a duração é de um ano, com os contratados ficando cerca de três meses em cada área.

Antes de optar pela participação ou não em um processo de trainee, explica Juliana, o candidato deve observar os pré-requisitos e a idade limite do processo, que, segundo ela, fica em torno de 28 anos. Além disso, diz ela, quem tem dúvidas deve se informar sobre o possível local de trabalho e pensar se terá ou não disponibilidade de viajar, já que muitos programas fazem tal exigência.

Por fim, observa a consultora, os jovens devem considerar que as empresas que possuem um programa de trainee têm um plano de evolução de carreira bem estruturado, o que pode não acontecer em outras empresas.

Fonte: INFOMONEY

Veja dez perguntas típicas de um selecionador e saiba como respondê-las

28/07/2010 – 10h00
Danilo Schramm
Em São Paulo  

A entrevista de emprego pode ser o maior adversário do candidato na hora de buscar uma recolocação. Neste momento, o nervosismo e o receio de não saber o que responder em determinados questionamentos podem confundí-lo e acabar com suas chances no novo emprego.

Segundo Camila Martins, consultora de recursos humanos da Luandre, no momento da entrevista o candidato deve manter a calma e ter confiança, pois “o seu currículo já foi selecionado entre tantos outros e agora é o momento de mostrar ao entrevistador toda sua competência, tanto pessoal quanto profissional”.

Para a consultora, é importante que o candidato saiba que não há uma receita de bolo para uma entrevista de emprego e nem um script para as respostas certas, mas o candidato pode se preparar para responder algumas questões que geralmente são feitas pelos profissionais de RH.

Confira as perguntas:

1 – Me fale um pouco de você (estado civil, filhos, com quem mora, etc)
Não há resposta melhor do que a verdade. Seja verdadeiro, pois nossas avós já diziam que a mentira tem perna curta.

2 – O que você faz no seu tempo livre?
Lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de administrar o seu tempo, como também aptidões, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.

3 – Conte sobre sua evolução profissional. Qual seu foi seu primeiro emprego e qual seu cenário hoje?
É muito importante que você seja muito claro e demonstre toda sua atuação profissional e a forma como o posicionamento desta o torna um candidato de elevado interesse para qualquer empresa. Seja sucinto com as datas e motivos de entrada e saída de cada empresa. Cuidado para não ficar perdido cronologicamente.

4 – Por qual motivo você saiu (ou quer sair) da empresa?
Se você foi demitido, explique de maneira direta e objetiva sem demonstrar nenhum ressentimento ou mágoa com relação aos seus superiores. Caso ainda esteja na empresa, é interessante falar sobre alavancar carreira, desejo de crescimento pessoal e profissional.

5 – O que você não gostava na empresa anterior/atual?
Não se queixe, nem se faça de vítima. Seja positivo em suas colocações mesmo que enfrentasse alguns problemas. Não se esqueça de que nenhuma empresa é perfeita.

6 – Como você lida com as pressões do trabalho?
Inicie sua resposta fornecendo exemplos vivenciados nessa situação. Isso dará consistência à resposta e segurança para o entrevistador enxergar o potencial para ocupar determinada posição.

7 – O que você tem feito atualmente que demonstre sua capacidade de tomar iniciativa?
Comece com uma série de realizações da sua vida profissional. Mostre que você está sempre procurando progredir.

8 – Defina quais são suas maiores qualidades e o que precisa melhorar.
Mencione características geralmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência. Quanto aos pontos que precisa melhorar, tenha sempre em mente que todos temos “defeitos” e pontuá-los é uma forma de mostrar autocrítica. Não se esqueça de mencionar a vontade ou atitudes para a mudança destes.

9 – Qual seu diferencial e por que você deve ser contratado?
Esta é uma pergunta muito complicada, mas o que se espera é que o profissional saiba “vender” o seu produto. É imprescindível focar nas suas capacidades, valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.

10 – Qual é a sua pretensão salarial?
Esta é uma pergunta que normalmente deixa o candidato na defensiva. A sugestão é iniciar a negociação falando de sua última remuneração e dos benefícios oferecidos pela empresa anterior. É interessante questionar o entrevistador sobre a faixa salarial média para a vaga em questão e quais são os benefícios oferecidos pela companhia.

Dicas

Camila Martins ainda lista algumas dicas importantes sobre como se comportar antes e durante a entrevista com o selecionador:

– Cuide de sua aparência e apresentação;
– Leve um currículo impresso e atualizado;
– Seja pontual;
– Evite fumar minutos antes ou iniciar a entrevista mastigando chiclete ou bala;
– Mantenha-se calmo, confie em você e demonstre toda sua capacidade com segurança;
– Fale com clareza e tome cuidado para não contar piadas ou usar gírias;
– Pergunte, demonstre interesse na proposta;
– Não fale mal da empresa anterior, bem como de colegas e chefias. 

Fonte: Notícias UOL